A
pílula é uma das invenções mais adotadas por casais no último século o que
levou a ciência a aprimorá-la, criando diferentes tipos. O mais comum é o
combinado, um anticoncepcional
de estrogênio que também leva algum outro hormônio, geralmente a
progesterona.
No
entanto, apesar de ser mais recomendado, os efeitos do primeiro composto no
organismo são amplamente discutidos e questionados.
Entenda:
Pílula com estrogênio faz mal?
O
estrogênio é um hormônio naturalmente presente no organismo das mulheres,
sendo responsável pela ovulação e características femininas.
Contudo,
seu excesso ou desequilíbrio com outras substâncias aumentam o risco de
diversas doenças hormônio dependentes, como alguns tipos de câncer (por
exemplo, de endométrio e de mama), miomas e até mesmo endometriose, visto que
estimula o crescimento celular.
“O
estrógeno [outro nome dado ao estrogênio] não protege o útero. Pelo contrário,
ele está relacionado à estimulação excessiva, abrindo precedentes para
doenças”, ressalta o ginecologista Élvio Floresti.
A
presença desse hormônio em anticoncepcional ainda aumenta
o risco de trombose, que é a formação de
coágulos nos vasos sanguíneos, gerando dor, inchaço e até mesmo embolia
pulmonar ou Acidente Vascular Cerebral (AVC).
E com progesterona?
“Método
contraceptivo só com progesterona é melhor, pois não estimula o endométrio e
não aumenta as chances de doença uterina”, ressalta Dr. Élvio.
Esse
hormônio, cuja principal função é criar o revestimento do útero que receber a
gravidez, também não aumenta o risco de trombose e de tumores, visto que não
induz a multiplicação celular.
Atualmente,
há alguns tipos de pílulas formadas somente por progesterona. Chamadas de
minipílulas, elas têm eficácia semelhante às demais na prevenção da gravidez e,
se houver aprovação do médico, ainda podem ser usadas por quem amamenta.
Se faz mal, por que a pílula com
estrogênio é mais receitada?
O
médico explica que, geralmente, os métodos só com progesterona não são
indicados porque aumentam alguns efeitos colaterais.
Aspectos
que são amenizados por quem toma estrogênio, como escapes menstruais, aumento
da oleosidade e acne na pele, não sofrem ação da progesterona, que acaba,
inclusive, os piorando.
No
entanto, não há nenhuma alteração física grave que a progesterona cause, como
tumores ou trombose. Assim, ela é uma excelente opção, especialmente para quem
possui histórico familiar de tais acometimentos.
Além
dessas pílulas, ainda é possível recorrer a implantes, como DIU e Implanon, que liberam
apenas progesterona.
Apesar
dos pontos negativos, quem usa anticoncepcional com estrogênio não precisa se
preocupar muito porque o aumento da chance de desenvolver doenças é
leve. Nestes casos, busque auxílio médico, conte seu histórico familiar e
discuta os prós e contras com ele, a fim de determinar o método contraceptivo
mais adequado para você.
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