A garota foi
encontrada no quarto, com a corrente atada aos pés, com cadeado, e presa ao pé
do móvel.
Desesperada
com as ameaças recebidas de traficantes, uma mulher de 43 anos decidiu manter a
filha de 17 anos, usuária de drogas, acorrentada a um guarda-roupas, em
Sorocaba, interior de São Paulo. A mãe foi detida e a garota foi libertada, na
noite de terça-feira, 13, por integrantes da Guarda Civil Municipal (GCM) e do
Conselho Tutelar. A equipe foi à casa da família, no bairro Nova Esperança, zona
norte da cidade, após receber denúncia anônima.
A
garota foi encontrada no quarto, com a corrente atada aos pés, com cadeado, e
presa ao pé do móvel. A mãe contou que tomou a medida há cerca de 40 dias, por
estar desesperada e não ver outra opção, já que a filha só saía de casa para se
drogar.
De
acordo com o comandante da GCM, Antonio Marcos Mariano de Carvalho, a
adolescente era usuária de cocaína e crack desde os 12 anos. Conforme o relato
da mãe, ela devia dinheiro para vários traficantes e estava sendo ameaçada de
morte. "Ela alegou que decidiu acorrentar a filha por razões de segurança
e por total desespero, por não ver outra saída", disse o agente.
A
menina estava magra e desnutrida porque, segundo a mãe, não aceitava comida e
dizia que só se alimentaria depois de usar a droga. A mulher, que é auxiliar de
cozinha, foi levada para o plantão da Polícia Civil e indiciada em inquérito
por maus tratos. Como não há previsão de prisão em flagrante para o crime, ela
vai responder ao processo em liberdade.
Para
libertar a adolescente, os agentes da GCM tiveram de quebrar o cadeado, pois a
chave não foi encontrada. A jovem foi levada à Unidade de Pronto-Atendimento da
zona norte, onde recebeu atendimento médico. Em seguida, foi abrigada em uma
unidade para mulheres em risco mantida pela prefeitura. O caso será encaminhado
à Vara da Infância e da Juventude do Judiciário local, que decidirá o destino
da jovem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário